domingo, 21 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Defeito todos tem, mas a ignorância de não se saber,
quais são os nossos próprios defeitos e insistir em apontar os
defeitos dos outros, talvez seja o pior de todos os defeitos,
pois não nos permitimos corrigi-los quando eles ocorrem.
O termo apagar erros, só se aplica em trabalhos manuais e
físicos, estudos de ciências exatas ou humanas, e mesmo assim
não fica um trabalho bem feito, porém apagar erros de vida,
não convêm e nem é possível.
É como fazer uma rasura na prova, ou escrever com caneta e
em seguida passar o braço na
tinta, por mais que se passe a borracha ou corretivo, uma vez
borrado ou manchado o papel jamais voltara a cor original.
A vida nos permite recomeçar, mas os erros cometidos nos
acompanham, horas só faz nos atormentar, horas nos serve
de referencia para acertar o caminho na próxima.
Angel Hariel/Déa
É obvio que essa pergunta não se refere a Deus,
que na verdade é a única força capaz e nos erguer de verdade.
Mas nas coisas terrenas ou “humanas”, o que nos fortalece?
As dores?
As alegrias?
Família que não liga ou a que apóia?
Os amores não correspondidos ou os que não são compatíveis?
Os dissabores da vida que nos arrasa, sufoca, deprime...?
Qual será a receita pra ficar com coração duro, olhos secos,
corpo frio.
Ah! E não estou falando de doenças, não vá me chamar um médico
pra responder, caso contrário ele vai me internar por loucura.
Só quero saber porque, até hoje ainda não consigo lidar com os
sentimentos e muitas atitudes tomadas pelas pessoas que amo.
Quando são pessoas estranhas, não me importo muito, pois não tenho
por elas sentimentos fortes.
São pessoas passageiras, com as quais
não tenho pretensão de conviver, viver e me entregar.
Só quero saber pra tentar mudar meu quadro de paralisia cada vez que
me magôo, decepciono, sou traída por aquelas pessoas que importam pra mim.
Quero saber porque sou tão frágil, fraca, sensível, confusa, louca, exagerada...
Já me chamaram de tanta coisa que nem mesmo eu sei o que sou.
Como diz o poeta “QUERIA SER COMO OS OUTROS E RIR DAS DESGRAÇAS ALHEIAS E FINGIR ESTAR SEMPRE BEM...”
Queria rir até ou principalmente das minhas.
Está aberta a questão, quem souber responder, por favor me diga,
qual a fórmula pra ser forte, duro, frio e assim, viver em harmonia e
aceitar todas as atitudes, sentimentos e jeito de ser do outro,
talvez assim viver e deixar o outro viver bem.
(Déa)
Muito embora seja fascinante, cativante, sedutor... Receber declarações apaixonadas. Loucuras feitas simplesmente para se ver um sorriso, o brilho no olhar de quem se ama.
É adorável se ter alguém ao lado que não tem vergonha de demonstrar afeto, carinho, respeito...
Alguém que adora dizer que é do outro, que por ele vive, que é fiel e por ele tudo faria...
Alguém que troca às vantagens de ser livre pra voar, poder experimentar novas bocas, novos corpos, sair com amigos e não dar satisfação, não se preocupar com nada.
Alguém que troca tudo isso e muito mais, por uma prisão, sem grades, mas que lhe faz inúmeras restrições ou imposições, mesmo que não admita isso.
Alguém que não pensa só pra si e sim por dois, que tenta adivinhar o que você quer ou pensa, deixa o acaso de lado e passa a viver em a rotina de dormir e acordar com a mesma pessoa todos os dias.
É adorável se ter alguém que por você larga tudo, até as coisas mais banais, e exageradamente diz que pra ela você é tudo e nada mais.
Ou seja, não precisa grandes gastos pra se provar o quanto se gosta do outro, o quanto ele vale pra você. Um mimo é sempre bem vindo, mas o mais importante e fazer o outro acreditar o quanto é amado, querido, desejado, único.
Ah! Como é bom saber que se é importante na vida de alguém.
Bem...rsrs...
Que não precisa gastar muito dinheiro no dia dos namorados é fato, agora que fica mais fácil gastar a provar tudo isso... Ah! Isso fica.
Vou dar uma dica:
Olhe nos olhos
Faça um carinho
Fale baixinho, mas só fale a verdade.
Use seu coração e diga...
Eu te amo.
Eu vivo por você.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Dai-me, Senhor, assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado algum escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhes
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa,
quando perdem os olhos
para toda paisagem ,
perdem os ouvidos
para toda melodia
e só vêem, só escutam
melodia e paisagem de sua própria fabricação?
Cegos, surdos, mudos - felizes! - são os namorados
enquanto namorados. Antes, depois
são gente como a gente, no pedestre dia-a-dia.
Mas quem foi namorado sabe que outra vez
voltará à sublime invalidez
que é signo de perfeição interior.
Namorado é o ser fora do tempo,
fora de obrigação e CPF,
ISS, IFP, PASEP,INPS.
Os códigos, desarmados, retrocedem
de sua porta, as multas envergonham-se
de alvejá-lo, as guerras, os tratados
internacionais encolhem o rabo
diante dele, em volta dele. O tempo,
afiando sem pausa a sua foice,
espera que o namorado desnamore
para sempre.
Mas nascem todo dia namorados
novos, renovados, inovantes,
e ninguém ganha ou perde essa batalha.
Pois namorar é destino dos humanos,
destino que regula
nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso.
E quem vive, atenção:
cumpra sua obrigação de namorar,
sob pena de viver apenas na aparência.
De ser o seu cadáver itinerante.
De não ser. De estar, e nem estar.
O problema, Senhor, é como aprender, como exercer
a arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina,
e vai além de toda universidade.
Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe.
E o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu,
por obra e graça de sua namorada.
A mulher antes e depois da Bíblia
é pois enciclopédia natural
ciência infusa, inconciente, infensa a testes,
fulgurante no simples manifestar-se, chegado o momento.
Há que aprender com as mulheres
as finezas finíssimas do namoro.
O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes morre
três vezes ignorante de seu coração
e da maneira de usá-lo.
Só a mulher (como explicar?)
entende certas coisas
que não são para entender. São para aspirar
como essência, ou nem assim. Elas aspiram
o segredo do mundo.
Há homens que se cansam depressa de namorar,
outros que são infiéis à namorada.
Pobre de quem não aprendeu direito,
ai de quem nunca estará maduro para aprender,
triste de quem não merecia, não merece namorar.
Pois namorar não é só juntar duas atrações
no velho estilo ou no moderno estilo,
com arrepios, murmúrios, silêncios,
caminhadas, jantares, gravações,
fins-de-semana, o carro à toda ou a 80,
lancha, piscina, dia-dos-namorados,
foto colorida, filme adoidado,,
rápido motel onde os espelhos
não guardam beijo e alma de ninguém.
Namorar é o sentido absoluto
que se esconde no gesto muito simples,
não intencional, nunca previsto,
e dá ao gesto a cor do amanhecer,
para ficar durando, perdurando,
som de cristal na concha
ou no infinito.
Namorar é além do beijo e da sintaxe,
não depende de estado ou condição.
Ser duplicado, ser complexo,
que em si mesmo se mira e se desdobra,
o namorado, a namorada
não são aquelas mesmas criaturas
que cruzamos na rua.
São outras, são estrelas remotíssimas,
fora de qualquer sistema ou situação.
A limitação terrestre, que os persegue,
tenta cobrar (inveja)
o terrível imposto de passagem:
"Depressa! Corre! Vai acabar! Vai fenecer!
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada
na sola dos sapatos..."
Ou senão:
"Desiste! Foge! Esquece!"
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem.
Fogem os covardes.
Que importa? A cada hora nascem
outros namorados para a novidade
da antiga experiência.
E inauguram cada manhã
(namoramor)
o velho, velho mundo renovado.
sábado, 6 de junho de 2009
só pra conhecer a sensação de voar.
A sensação de ter asas, jamais conheceria.
Ficou, pra burlar as regras.
Por medo de correr, pra não perder o céu debaixo dos pés.
Porque o pior da queda, é não saber o que é pior.
Perder o chão? Perder o ar?
Não ter o que perder, ou estar simplesmente perdido.
Sem pouso e sem asa, céu atravessado na garganta.
Como estrela cadente, correndo sempre pra um sonho bom.
(Tiahara Paganini)